Semana terá tempo firme no Sul e chuvas no Norte e Centro-Oeste

Sol predomina no Sul, enquanto norte e Centro-Oeste encaram risco de temporais — atenção aos produtores

A semana que se estende de 10 a 14 de novembro de 2025 reserva cenários climáticos bem distintos entre as regiões brasileiras. Conforme a análise do meteorologista Arthur Müller para o portal Canal Rural, há tempo firme predominando no Sul do país, enquanto norte e Centro-Oeste vivem uma fase de instabilidade com risco de chuvas fortes e temporais.

Região Sul

No Sul, o panorama é de céu mais limpo, com sol e variação de nuvens. Por conta da influência de uma frente fria, há previsão de chuvas rápidas entre terça (11) e quinta‐feira (13), mas os volumes serão baixos e pontuais — cerca de 20 a 30 mm em SC e PR. No RS, declínio da chuva e tempo majoritariamente seco.

As temperaturas ampliam a amplitude: mínimas abaixo de 10 °C e máximas que podem chegar perto de 28 °C.

A situação favorece atividades ao ar livre e avanços no campo, com menos risco de interrupções.

Região Sudeste

Em estados como SP, MG, RJ e ES, o predomínio é de tempo firme, o que facilita o andamento das operações agrícolas. No entanto, no norte, oeste e noroeste da região, podem ocorrer chuvas moderadas a fortes com risco de ventos intensos e granizo — especialmente entre quarta e quinta, com acumulados de até 30–40 mm no oeste paulista e Triângulo Mineiro.

A subida das temperaturas também chama atenção: em áreas produtoras, a máxima ultrapassa os 30 °C.

Região Centro-Oeste

É na região Centro-Oeste que o cenário se mostra mais propenso a surpresas. Em boa parte de Goiás e em Mato Grosso, há previsão de pancadas frequentes e intensas de chuva, com risco de temporais. No oeste mato‐grossense os acumulados podem alcançar 100 mm.

Já no sudeste de Goiás, o clima se mantém quente e seco — exigindo atenção redobrada de quem trabalha no campo quanto à irrigação e manejo.

Região Norte e nordeste

No Norte, as instabilidades avançam com força sobre Acre, Amazonas, Rondônia e sudoeste do Pará, com acumulados que também podem atingir cerca de 100 mm em áreas como o Acre.

Em partes do Nordeste (sul e oeste da Bahia, sul do Maranhão e Piauí), a chuva retorna com volumes moderados. No entanto, no restante da região, destaca‐se o cenário de tempo firme e baixa umidade, com temperaturas que podem alcançar 40 °C e elevar o risco de incêndios florestais.

Por que isso importa?

Para produtores rurais, essa variação de padrão climático entre regiões significa que as estratégias precisam ser adaptadas com precisão:

No Sul e partes do Sudeste: aproveitar o tempo para adiantamento de colheitas, preparo de solo e aplicações agrícolas.

No Norte e Centro-Oeste: preparar-se para chuvas que podem atrasar colheitas, dificultar trafego em áreas rurais e provocar acúmulo de água no solo — além do risco de ventos fortes e granizo.

Em áreas secas, como parte do Nordeste e sudeste de Goiás: cuidado com estresses hídricos e incêndios; programação e irrigação são fundamentais.

A semana se divide entre calma e instabilidade: o Sul segue estável; Norte e Centro-Oeste intensificam chuvas e temporais; o Sudeste varia entre firmeza e atenção local; e o Nordeste alterna entre secura e pancadas isoladas. Com essas dinâmicas, ajustar o planejamento e a logística nos negócios rurais ou urbanos torna-se mais estratégico do que nunca.